Despedir-se do Ano que passou e, ao mesmo tempo, comemorar a chegada do Ano Novo à beira-mar parece ser uma obrigação de quase todas as pessoas que residem nas cidades litorâneas. Tornou-se uma tradição nas principais cidades situadas no litoral brasileiro.
De norte a sul do Brasil, todos se vestem de branco, com esporádicas e sutis mudanças ocasionadas pela moda, e correm em direção à praia com flores, champanhes, velas e barquinhos para saudar Iemanjá e receber com alegria o Ano Novo que se aproxima.
Entre os umbandistas esta prática é quase que uma regra, pois é comum acompanhar as Giras de Umbanda processadas ao ar livre, diante de olhares curiosos, céticos, debochados ou respeitosos. Nas tais cidades litorâneas do país, terreiros de Umbanda e barracões de Candomblé, preparam as oferendas e partem, em verdadeira romaria, para a praia.
Pode-se dizer que o fim-de-ano é uma das pouquíssimas oportunidades que os umbandistas têm para realizar oferendas para dois Orixás nos seus pontos de força ao mesmo tempo. Isto porque é na beira-mar onde se encontra o ponto de força maior da Divina Mãe Iemanjá e seu pólo negativo que é o Divino Pai Omulu.
Através da obra mediúnica "O Código de Umbanda", (Editora Madras) de Rubens Saraceni, os mentores espirituais responsáveis pela implantação e divulgação da religião de Umbanda na Terra ensinam que enquanto Iemanjá, Orixá que está assentado num dos pólos do Trono da Geração, tem no mar o seu ponto de força, Omulu tem na beira-mar seu local de grande magnetismo.
Segundo Rubens Saraceni, "Yemanjá, ou Mãe da Vida, é a Senhora da Geração e suas irradiações estimulam os seres a ampararem as criaturas (vidas). Ela é a maternidade que envolve os seres... Ela é a água da vida que vivifica os sentimentos e, em suas irradiações, umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade (vida)."
"Omulu é negativo e seu magnetismo atrai os seres que se desvirtuaram e se tornaram estéreis. Se não criam mais nada, é hora de serem reduzidos a pó para que, nas águas de Yemanjá, voltem a ser espalhados, e que, no eterno movimento das marés, venham a ser reunidos, umidificados, fertilizados e renasçam para uma nova vida... Yemanjá... fecunda, Omulu... esteriliza. Enfim, são os opostos que regulam a Vida (geração)."
Os Caboclos e Pretos-Velhos da Umbanda conhecem todos esses detalhes, todos esses mistérios, que só agora estão sendo revelados através da psicografia de Rubens Saraceni e, sabiamente incutiram no mental dos Chefes de Terreiro o desejo de levar seus filhos no último dia do ano às praias, para que juntos pudessem prestar a devida homenagem à Mãe da Vida, a Divina Iemanjá. Ao mesmo tempo, todos juntos passaram a reverenciar o seu oposto, o Senhor da Morte, o Divino Omulu, pois assim como o mar é o ponto de força natural de Iemanjá, a beira do mar é o local de grande magnetismo do Orixá Omulu. É o mar, a Grande Calunga, (Grande Cemitério), como definiram os Guias..
E não é para menos. O mar, nas lendas iorubanas, é o Reino da Mãe Iemanjá. É o início da Vida, por isso, foi considerada a Mãe de todos os Orixás, segundo as lendas africanas.
Mas, a visão e o entendimento que os umbandistas devem ter a respeito de Iemanjá estão detalhados minuciosamente nos escritos de Rubens Saraceni, inspirado pelos diletos mentores que trabalham na divulgação e na difusão da religião de Umbanda a partir do Astral.
Inconscientemente, umbandistas e simpatizantes, descem ao santuário de Iemanjá para celebrar uma nova vida que começa. É o Novo Ano que se aproxima e chega no primeiro dia de janeiro.
No livro "Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada" (Editora Madras), Rubens Saraceni explica que "existem locais cujas energias ou cujos magnetismos são mais "puros" e facilitam o contato com o outro "lado" da vida."
"Estes locais são chamados de pontos de forças ou santuários naturais, porque é neles que devemos realizar cerimônias "abertas" nas quais cultuamos, evocamos e entramos em contato mediúnico com nossos guias espirituais e nossos amados pais e mães orixás."
"A beira-mar é um ponto de forças natural e é tido como o altar aberto a todos pela nossa mãe Iemanjá."
As comemorações e oferendas realizadas nas praias das cidades litorâneas é uma perfeita simbologia que aponta para aquilo que Deus realiza através do Trono da Geração, polarizado por Iemanjá e Omulu. É o encontro do que se finda, com aquilo que se inicia. É o encontro da Morte (representado pelo velho ano que se vai) com a Vida (simbolizada com a chegada do ano novo). É uma saudação à Mãe da Vida, através dos fogos de artifício, do espoucar das champanhes, dos sorrisos emocionados de todos e uma reverência ao Senhor da Morte, através dos cânticos de despedida e da emocionante contagem regressiva em uníssono.
Muitos realizam suas comemorações de fim de ano em grandes centros urbanos, dentro de igrejas, em casa ou num clube, mas nada se compara à emoção contagiante de uma "Entrada de Ano Novo" junto ao mar. Todos que assim fizeram experimentaram uma sensação diferente de renovação das forças e da esperança de dias mais felizes e bem aventurados. A irradiação emitida do Alto é incomparável, justamente por causa do que representa o fim e o começo de um período de 12 meses.
Os Caboclos e Pretos-Velhos da Umbanda conhecem todos esses detalhes, todos esses mistérios, que só agora estão sendo revelados através da psicografia de Rubens Saraceni e, sabiamente incutiram no mental dos Chefes de Terreiro o desejo de levar seus filhos no último dia do ano às praias, para que juntos pudessem prestar a devida homenagem à Mãe da Vida, a Divina Iemanjá. Ao mesmo tempo, todos juntos passaram a reverenciar o seu oposto, o Senhor da Morte, o Divino Omulu, pois assim como o mar é o ponto de força natural de Iemanjá, a beira do mar é o local de grande magnetismo do Orixá Omulu. É o mar, a Grande Calunga, (Grande Cemitério), como definiram os Guias..
E não é para menos. O mar, nas lendas iorubanas, é o Reino da Mãe Iemanjá. É o início da Vida, por isso, foi considerada a Mãe de todos os Orixás, segundo as lendas africanas.
Mas, a visão e o entendimento que os umbandistas devem ter a respeito de Iemanjá estão detalhados minuciosamente nos escritos de Rubens Saraceni, inspirado pelos diletos mentores que trabalham na divulgação e na difusão da religião de Umbanda a partir do Astral.
Inconscientemente, umbandistas e simpatizantes, descem ao santuário de Iemanjá para celebrar uma nova vida que começa. É o Novo Ano que se aproxima e chega no primeiro dia de janeiro.
No livro "Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada" (Editora Madras), Rubens Saraceni explica que "existem locais cujas energias ou cujos magnetismos são mais "puros" e facilitam o contato com o outro "lado" da vida."
"Estes locais são chamados de pontos de forças ou santuários naturais, porque é neles que devemos realizar cerimônias "abertas" nas quais cultuamos, evocamos e entramos em contato mediúnico com nossos guias espirituais e nossos amados pais e mães orixás."
"A beira-mar é um ponto de forças natural e é tido como o altar aberto a todos pela nossa mãe Iemanjá."
As comemorações e oferendas realizadas nas praias das cidades litorâneas é uma perfeita simbologia que aponta para aquilo que Deus realiza através do Trono da Geração, polarizado por Iemanjá e Omulu. É o encontro do que se finda, com aquilo que se inicia. É o encontro da Morte (representado pelo velho ano que se vai) com a Vida (simbolizada com a chegada do ano novo). É uma saudação à Mãe da Vida, através dos fogos de artifício, do espoucar das champanhes, dos sorrisos emocionados de todos e uma reverência ao Senhor da Morte, através dos cânticos de despedida e da emocionante contagem regressiva em uníssono.
Muitos realizam suas comemorações de fim de ano em grandes centros urbanos, dentro de igrejas, em casa ou num clube, mas nada se compara à emoção contagiante de uma "Entrada de Ano Novo" junto ao mar. Todos que assim fizeram experimentaram uma sensação diferente de renovação das forças e da esperança de dias mais felizes e bem aventurados. A irradiação emitida do Alto é incomparável, justamente por causa do que representa o fim e o começo de um período de 12 meses.
Diz Rubens ainda: "O culto aos orixás, sempre que possível, deve ser realizado nos seus pontos de forças ou santuários naturais, porque nesses locais a energia ambiente é mais afim com a deles, e os magnetismos ali existentes diluem possíveis condensações energéticas existentes no campo vibratório das pessoas."
Ao encerrar o velho ano na beira-mar, ou seja, onde termina a terra e começa a água, qualquer pessoa está se desvencilhando de toda velha energia que ficou desgastada pelo ano que se passou e, ao mesmo tempo, está de peito aberto para receber em si a irradiação emitida pelo Trono da Geração que cria no íntimo de cada um o desejo e a certeza de que o Ano Novo será melhor e mais próspero.
Essa é a razão de tanta alegria que sente todo aquele que vai nas praias levar flores, perfumes e manjares para a Mãe D`Água.
O anseio por deixar para trás as coisas ruins e negativas do Velho Ano é o motivo pelo qual as pessoas choram e deixam cair na areia da praia suas lágrimas que, sem o saberem, estão reverenciando o Divino Pai Omulu.