terça-feira, 25 de novembro de 2008
A Umbanda e Sua Efígie
A Umbanda é Única
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
A Umbanda na TV
Mesa Branca na Umbanda
O Umbandista e a Vaidade
terça-feira, 14 de outubro de 2008
O Umbandista de Verdade
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Os Mentores de Cura
Os mentores de cura trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda. São muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar. São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual. Alguns deles não demonstram muito sentimento mas mesmo assim têm muita vontade de ajudar ao próximo, com o tempo tedem a evoluir também para um sentimento maior de amor ao próximo.
São extremamente práticos, não aceitando conversas banais ou ficar se extendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda.
Para se ter uma idéia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional. Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações.
São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais.
Cada guia tem sua forma de restituir a saúde aos encarnados, normalmente se utilizam de meios dos quais já se utilizavam quando encarnados, mas de forma muito mais eficiente, pois após chegarem ao plano espiritual puderam aprimorar tais conhecimentos. Além disso esses espíritos aprenderam a desenvolver a visão espiritual, através da qual podem fazer uma melhor anamnese (diagnóstico) dos males do corpo e da alma.
Aliados aos seus próprios métodos individuais eles se utilizam de tratamentos feitos pelas equipes espirituais ou ministrados pelos encarnados com auxílio do plano espiritual.
Alguns deles são:
Cirurgia Espiritual
É realizada pelo mentor de cura incorporado ao médium. E envolve a manipulação do corpo físico através das mãos do médium, podendo ou não haver a utilização de meios cirúrgicos elementares (cortes, punções, raspagens, etc…). O maior representante deste método de trabalho no Brasil é o espírito do Dr. Fritz, mas este método é utilizado em diversas culturas e religiões.
Cirurgia Perispiritual
É realizada diretamente no perispírito do paciente, com ou sem a colaboração de um médium presente, costuma ser realizada por uma equipe espiritual designada especificamente para cada caso e ser feita em dia e horário pré determidados.
Visita EspiritualÉ realizada por uma equipe espiritual, que visita o paciente no local onde ele estiver repousando, também com um dia e hora predeterminados. Na visita, darão passes, farão orações, etc…
Cromoterapia
É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no duplo etérico. Muito utilizado para males de origem emocional.
FluidoterapiaÉ indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no perispírito.
ReikiÉ indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no duplo etérico. Muito utilizada para males de origem emocional ou psíquica e para realinhamento de chacras.
HomeopatiaIndicada e receitada pelos mentores espirituais. As fórmulas são feitas normalmente por laboratório de manipulação homeopáticos. E devem ser tomados de acordo com o determinado.
OutrosFora estes tratamentos, também podem ser utilizados, florais de Bach, cristaloterapia, chás, aromaterapia, acumpuntura, do-in, etc…
OBS: Para o momento da visita espiritual e cirurgia espiritual: O paciente deverá vestir-se e deitar-se com roupas claras (de preferência branca); ficar num ambiente calmo, com pouca luz e colocar ao lado um copo d’água para ser bebida após o tratamento.
Após a visita e a cirurgia, o paciente deverá manter-se em abstenção por mais 6 horas, para que a energia doada seja melhor absorvida.
Como interagem com os médiuns
IntuiçãoAlguns mentores trabalham com seus médiuns apenas pela via intuitiva, indicando as providências a tomar e tratamentos. Neste caso, é necessário um grande equilíbrio e desenvolvimento do médium, para que o mesmo não atrabalhe nas indicações dadas pelo mentor.
Psicografia (Receitistas)Funciona da mesma forma que a psicografia comum, mas os espíritos comunicantes costumam psicografar receitas de tratamentos e medicamentos (que em alguns casos podem até mesmo ser da medicina comum).
Equipes Espirituais
Cirúrgicas
São formadas da mesma forma que as equipes cirúrgicas do plano material, compostas de cirurgião, assistente, anestesista, instrumentista, enfermeiros, etc… Apenas diferem no que se refere aos instrumentos e tecnologia utilizados. Incluindo também a aplicação de passes e energias associados a intervenção cirúrgica.
De OraçãoFormadas normalmente por espíritos religiosos, acostumados às preces quando encarnados. Estas equipes se reúnem junto ao paciente em uma corrente de orações com finalidade de equilibrar o mental e emocional do paciente e também de buscar energias dos planos superiores. Como efeito adicional, a prece tende a elevar a energia gelal do ambiente onde está o paciente, assim como dos encarnados que estam atuando junto ao mesmo.
De Proteção
Quando o mal físico está associado a interferência de espíritos inferiores, essas equipes fazem a proteção do paciente, enquanto o mesmo é tratado nas cirurgias ou visitas, ou enquanto está seguindo as recomendações indicadas pelos mentores de cura.
De Passes (passe espiritual)
Seu trabalho é realizado em sua maior parte durante as sessões de cura e durante as visitas espirituais. Dando passes no paciente, nos asistentes e nos médiuns; antes, durante e após a sessão.
De Apoio
Estas equipes atuam levantando o histórico do paciente diretamente no seu campo mental, preparando-o através da intuição para a consulta, estimulando-o através do pensamento a reeducar hábitos nocivos, a mudar as situações que estejam prejudicando a própria saúde, inspirando-os força de vontade para continuar os tratamentos e seguir as recomendações e dietas.
O que curam e o que não curam
Males FísicosA maior parte dos males físicos de que os encarnados sofrem, são causados pelos maus hábitos, vícios e má alimentação. Os mentores nestes casos se utilizam das diversas terapias para a cura mas principalmente esclarecem ao encarnado quanto a órigem de tais males, sugerindo dietas, o abandono ou diminuição dos vícios e mudança de hábitos. Nestes casos a cura definitiva só pode ser obtida com a plena conscientização do paciente e com a sua força de vontate e compromisso na obtenção do equilíbrio orgânico.
Males MentaisParte dos males mentais (depressão, angústia, apatia) são causados por obsessores, mas a maior parte deles tem por origem a própria atitude mental do paciente. Pensamentos negativos atraem energias negativas, que quando se tornam constantes e intensas podem se materializar no corpo físico na forma de doenças. Males como: úlceras, enchaquecas, hipertensão, problemas cardíacos, e até mesmo algumas formas de câncer podem ser provocados pela mente do pacinte, quando esta se encontra tomada por pensamentos negativos.Também neste caso os mentores além de indicarem os tratamentos apropriados, esclarecem ao paciente quanto a necessidade de mudar a atmosfera mental, com objetivo de não ficar atraindo continuamente energias desequilibrantes, costumam também sugerir passeios por locais da natureza e o hábito da prece como forma de atrair energias novas e regeneradoras.
Males Kármicos
Os males kármicos se caracterizam por doenças incuráveis (fatais ou não) tanto pela medicina alternativa, quanto por terapias alternativas ou por meios espirituais. Nestes casos o tratamento visa o alívio do paciente ou ampará-lo emocionalmente para que sua atitude mental não tome o rumo da revolta ou do desespero.
As doenças karmicas são males que escolhemos antes de encarnar como forma de resgatarmos erros passados. Típicos males kármicos são: Cegueira de nascença, mudez, Idiotia, Eplepsia, Sindrome de Down, Más-Formações do corpo físico, etc. Na maior parte são males de nascença, embora algumas doenças possam ter sido “programadas” para surgir em determinada época da encarnação.
Nestes casos os mentores não podem (e nem deveriam) curar o corpo, pois através do padecimento deste é que o espírito está resgatando suas faltas e aprendendo valiosas lições para sua evolução e crescimento.
Males EspirituaisSão aqueles causados pela atuação dos espíritos (obsessores, vampirizadores, etc.) e que se refletem no corpo físico. Nestes casos os mentores cuidam do corpo físico enquanto o paciente é tratado também em sessões de desobsessão, descarrego, etc.
Ou seja os mentores com as terapias à seu alcance minimizam e atenuam os males causados ao corpo físico enquanto o paciente é tratado na origem espiritual do mal de que sofre.
Quando o paciente se vê livre da presença espiritual nociva, os mentores costumam ainda continuar com os tratamentos visando reparar os males que já haviam sido causados ao organismo, até que ele retorne ao seu equilíbrio.
A Sessão de Cura (O visível e o Invisível)
Os PacientesO paciente deverá abster-se de bebidas alcoólicas, café, cigarro, carnes de origem animal e sexo, 24 horas antes da consulta, da visita e da cirurgia espiritual.
A PreparaçãoMuito tempo antes dos portões da casa espiritual se abrirem ou dos médiuns chegarem, o ambiente destinado aos tratamentos já está sendo limpo e preparado.
Os procedimentos começam com o isolamento da casa que é cercada por equipes de vigilantes espirituais (os exus), que impedem a entrada de espíritos perturbadores e fazem a limpeza fluídica dos encarnados que chegam. Caso seja nessessário, podem provocar até mesmo um mal estar ou utra situação de forma a afastar as pessoas que venham a casa espiritual com má intenção ou envolta em fluidos que possam perturbar os trabalhos.
Logo após se procede a limpeza do ambiente interno da casa e em seguida há uma energização do ambiente. Em paralelo a isto, alguns espíritos trazem até o ambiente alguns fluidos extraídos da natureza, para serem utilizados posteriormente no tratamento dos pacientes.
Em seguida a isso vão chegando a casa os mentores com suas equipes de trabalho de forma a se reunirem e fazerem o planejamento dos trabalhos a serem executados.
Fora da casa espiritual, os médiuns que irão ser veículo dos mentores, devem estar se preparando física e mentalmente para os trabalhos, e já estão sendo magnetizados e preparados pelo plano espiritual de forma a terem maior sintonia com os mentores.
Quando os médiuns chegam à casa, continuam sendo preparados pelas equipes espirituais. E enquanto cuidam do ritual (incensos, cristais, velas, etc.) vão entrando em sintonia com o plano espiritual. A preparação termina com a prece de abertura, onde o pensamento dos encarnados e desencarnados se une numa súplica ao Divino Médico para que ele interceda por todos.
Após isso os mentores de cura se manifestam e dão sua mensagem indvidual para o início dos trabalhos.
A MesaA mesa da sessão de cura é composta por 3 ou 4 médiuns que devem se manter em concentração/oração durante todo o tempo em que estiverem compondo a mesa, e só devem romper a concentração após a partida de todos mentores que estiverem trabalhando.
A mesa funciona como um ponto focal de energias, é através da mesa que chegam as energias e ordens de mais alto e são distribuídas às equipes. Por ser um local onde existe alta concentração/oração é o ponto para onde convergem as energias mais puras e mais sublimes da sessão de cura. Eventualmente, podem se manifestar à mesa algum mentor de cura, ou algum dos médiuns pode ser utilizado em alguma psicografia (por isso mesmo é interessante manter lápis e papel á mesa).
Na mesa também fica a água a ser fluidificada e o nome de algumas pessoas que receberão irradiação.
Os MédiunsOs médiuns que não estiverem trabalhando com seus mentores, compondo a mesa ou atuando como cambonos dos mentores devem manter o silêncio a concentração e a oração.
Devem utilizar esse momento para permitir que seus próprios mentores os preparem para futuramente trabalharem com eles. E ter também consciência de que toda a energia positiva que estiverem atraindo para os trabalhos de cura através de sua concentração/oração estará sendo amplamente utilizada pelos mentores e pelas equipes de cura para levar a caridade a todos os que estiverem sendo tratados.
O Encerramento
No encerramento, os mentores de cura dão suas mensagens finais e partem. Neste momento os médiuns que compõem a mesa também podem romper a concentração. Todos os médiuns tomam da àgua fluidificada que está na mesa. E caso o digigente julgue conveniente, pode efetuar a leitura de alguma mensagem que porventura tenha sido psicografada.
No plano espiritual, o trabalho ainda continua, com distribuição de serviço entre as equipes espirituais. Somente após a saída de todos os médiuns e com o encerramento dos trabalhos de cura no plano espiritual é que a corrente dos vigilantes (exus) se desfaz, embora a casa continue sendo vigiada, apenas não de forma tão ostensiva.
Alex de Oxossi no Site Povo de Aruanda
Retirado da Apostila do Curso de Umbanda da Sociedade Espiritualista Mata Virgem
Fontes de Pesquisas: Não informadas
Imagens Retiradas da internet
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
O Umbandista e o Incesto
O incesto, no sentido literal da palavra, que dizer a união sexual entre progenitores e sua prole, ou entre parentes muito próximos. Trata-se de um ato que foi combatido duramente pelos países cristãos. Tornou-se proibido por leis humanas justamente devido aos abusos que passaram a ser cometidos em profusão a partir da liberdade que os pais tinham com seus filhos. As crianças, sem possibilidade de defesa, tornaram-se presa fácil nas mãos de mulheres e homens doentes e abusados.
Um Pai ou Mãe de Santo, ou Chefe de Terreiro, é - antes de qualquer título - um ser humano que tem suas necessidades humanas, sejam elas sentimentais ou carnais. Um Chefe de Terreiro é, como qualquer criatura humana, uma pessoa que tem libido, amor e desejos, sentimentos que fazem parte da natureza humana. Ora, sendo inerente à natureza humana, configura-se como algo natural. Nada mais natural, portanto, que um Pai de Santo apaixone-se por uma Filha de Terreiro e una-se a ela em casamento.
O incesto é carnal, mas o amor é espiritual. Amar um (a) filho (a) de Santo não é uma coisa abominável ou pode ser considerado um ato pecaminoso e incestuoso.
Torna-se espúrio e leviano quando isso passa da normalidade e se transforma num ciclo de casos de amor sem fim entre o Pai de Santo e "suas" filhas. Torna-se passível de reprimendas, aquele Pai de Santo que transforma a Liberdade que o Alto lhe deu para transformar a sua Tenda em antro de perdição, onde todas as filhas ou filhos já experimentaram os prazeres sexuais com ele. Não chega a ser incesto, mas é promíscuo e repugnante. É libertinagem.
Grandes atrocidades são cometidas por vários sacerdotes religiosos por causa da falsa beatitude que se esconde atrás do que chamam de celibato. Ser celibatário não é obrigação para desempenho correto de suas funções sacerdotais, mas a santidade sim. É necessário que um sacerdote tenha uma vida regrada e busque sempre a santidade, nunca querendo transformar-se por causa disso, num mártir ou num santo homem de Deus.
Todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é conveniente. Não é porque ele tem a liberdade de aproximar-se com mais facilidade das Filhas de Fé que vai usar isto para levá-las, ou qualquer filho que seja, a uma vida de volúpia e sevícia.
Sendo o Pai de Santo solteiro, desimpedido de qualquer problema ou compromisso com outrem, saudável e respeitável sacerdote de sua Tenda, é lícito então o envolvimento com alguém de sua corrente espiritual. Sendo casado, passa a ser um adultério, mas nunca será incesto.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
O Umbandista e o Sexo
(Foto extraída da página http://_garfielda_.anda.ca/144931)
O sexo é algo natural e próprio das criaturas da Terra. A partir de uma visão preconceituosa (bíblica ou não) criou-se todo um tabu em torno dele. Deixou de ser algo natural, simples e inerente aos animais, e passou a ser classificado como pecado, abominação ou caminho da perdição.
Moisés e outros legisladores bíblicos utilizaram a proibição com o simples propósito de acabar com os abusos e os excessos praticados pelos hebreus que haviam saído do Egito cheios de vícios e maus costumes. Mais tarde, as igrejas cristãs utilizaram tais proibições como meio de coibir os fiéis e transformá-los em "doces ovelhinhas" do rebanho.
O sexo não é uma coisa tão horrível e tão nojenta como se pintam por aí. O acasalamento entre animais irracionais é tão comum e realizado de forma tão bonita - vejam todo o ritual de danças e sedução que os bichos fazem para encantar os parceiros!
Desde que seja feito com decência e ordem, e principalmente com o sentimento de amor ao próximo, o sexo e as relações amorosas entre irmãos da mesma casa umbandista não prejudicam em nada às atuações dos Espíritos e dos Guias mentores da Umbanda. Desde que não se cometam excessos e abusos, é aconselhável que pessoas que participam da mesma fé, do mesmo sentimento, da mesma corrente espiritual e dos mesmos trabalhos em favor dos necessitados unam-se também em amor para o bem comum. Como dizia São Paulo: "Não é bom que o homem fique sozinho (solteiro). É melhor casar-se, do que abrasar-se."
Há que se respeitar, no entanto, as leis humanas instituídas. As leis de determinado país ou região precisam ser obedecidas pois nisso está sabedoria e ordem. Certas atitudes são contrárias às leis e aos bons costumes, portanto devem ser evitadas, como a pedofilia, o adultério, a prostituição, o incesto, etc.
É inconcebível que o membro de uma corrente espiritual umbandista aproveite-se da falta de experiência ou imaturidade de um (a) menor para seviciá-lo (a) a fim de praticar sexo. É contra a lei instituída e contra os bons costumes.
Não é bonito um membro casado da corrente manter relações com qualquer outra pessoa da corrente (ou não) que não seja o (a) cônjuge. Também é infração da lei e causa muitas dores indesejáveis e conseqüências funestas.
Aproveitar-se do corpo para obter dinheiro ou qualquer outro bem material também é inaceitável. Ainda mais quando os pactuantes da ação fazem parte do mesmo agrupamento religioso. Neste tipo de prática existem aqueles que se aproveitam do sexo para ganhar favores espirituais da mãe, ou do pai de santo, e até mesmo dos filhos e consulentes. Torna-se um ato de prostituição, digamos, espiritual...
O incesto também não pode ser cultivado num ambiente religioso. Além da lei humana que a proíbe - no caso do Brasil, por exemplo - existe a grande questão que envolve esse tipo de prática: o estupro. Se se permite que um pai, ou mãe, tenha relações sexuais com um(a) filho(a) de sangue isso gera a liberdade e a possibilidade de começar o ato na tenra idade. Do incesto para o estupro, há a distância de um passo.
Todas as coisas que são naturais são permitidas, desde que feitas com sabedoria, decência e ordem.
Falta sabedoria quando um pai de santo casado pratique o sexo com qualquer pessoa da corrente ou não;
Falta decência quando um membro da corrente engana o(a) parceiro(a) e faz sexo com outra pessoa da corrente ou não;
Falta ordem quando uma criança é desrespeitada em seus direitos e é obrigada a suportar o bafejar e as secreções de qualquer adulto em um ato sexual.
Sexo não é A porta do inferno. Mas, pode se tornar UMA ponte para muitos infernos.
Julio Cezar Gomes Pinto
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Trabalhos Encomendados e Promessas de Solução
Mãe Iassan Ayporê Pery
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Bem Aventurados Filhos da Terra
O Tesouro Eterno
"Quão iluminado é o caminho daquele que tem a sua riqueza nas coisas espirituais. Será como uma senda repleta de raios divinos. Essa alma terá a alegria do Espírito de Deus. Não sofrerá como aqueles que guardam um tesouro material em sua alma.
Amai a caridade. Amai o próximo. Amai as revelações celestiais.
Essa irmã que chora sofreu uma partida rápida da Terra. Não teve tempo de mudar a riqueza que havia no seu coração. Enganou-se, como muitos outros que se iludem com o brilho falso das riquezas terrenas. Achava, pobre alma, que a vaidade, a soberba e os prazeres da carne eram mais valiosos que uma vida espiritual plena. Levantou ídolos passageiros e viveu em função deles.
Não vos enganeis, portanto, com a falsa luz que sai dos bens terrenos. Não vos deixeis ser levados para o caminho da escuridão como todos aqueles que vivem na Terra um momento apenas.
A luz que sai da matéria é vazia. Não tem vida. Mas, a luz que desce do Alto é plena e cheia de vida.
Abri os vossos olhos para a oferta do Pai. Ele vos oferece um tesouro maior. Um tesouro eterno. Enchei os vossos corações com esse tesouro e não sereis enganados."
Pelo Espírito Irmão Acácio Vianna.
Casa de Caridade Santo Antônio de Pádua - Guarapari/ES
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
A Umbanda de Jesus
Sete Encruzilhadas, o Caboclo que anunciou o surgimento da Religião de Umbanda em 1908, declarou que Jesus seria o Mestre a ser seguido pelos umbandistas. Controvérsias à parte, já que alguns não aceitam suas palavras como base para uma vida espiritual sadia, Jesus é o modelo mais perfeito escolhido para ser o espelho dos médiuns e demais seguidores da Umbanda. Não há outro Médium vivido entre os homens que tenha subtraído toda a autoridade do Grande Mestre da Judéia em se tratando de vida mediúnica sadia e correta.
Jesus, o Médium, em nenhum momento fez alarde de sua missão na Terra. Sendo detentor de tanta autoridade, jamais exigiu que os homens se subjugassem a Ele. Jamais impôs sua condição de Ser Iluminado a fim de obter prestígio perante os grandes e diante dos pequenos. Suas palavras, cheias de autoridade, jamais foram autoritárias. Pelo contrário, tinham uma meiguice e uma simplicidade que encantavam os pequenos e incomodavam alguns que se achavam grandes.
Em sua trajetória mediúnica na Terra, Jesus aguardou o momento certo para agir em favor da caridade. Seu primeiro ato caritativo, no casamento de Caná, foi precedido de uma oração feita pela mãe que, aflita, intercedeu pelos noivos e seus pais. Jesus podia muito bem ter feito a transformação do vinho antes mesmo de Maria lhe pedir com tanta veemência, mas aguardou a hora certa. Não se precipitou, mas foi paciente para esperar que o tempo definisse o momento propício.
O médiuns de Umbanda, tanto os que estão iniciando quanto aqueles que já militam na fé, precisam ser menos apressados em ser úteis no trabalho espiritual da caridade. O tempo urge, mas não se precipita. Há médiuns que desejam ou querem tanto ser utilizados como aparelhos dos Caboclos e Pretos Velhos que não se preocupam com o próprio aprimoramento ou com o tempo certo para tal trabalho. Avançam apressadamente para os terreiros, colocando roupas brancas - ou coloridas, como queiram -, enchendo os pescoços de guias sem fundamentos e "incorporando" alguma Entidade. Esquecem-se que incorporar qualquer Entidade não é o principal. Essa faculdade é apenas uma das muitas tarefas a desempenhar durante toda a vida. O início de tudo é a mudança que deve ocorrer dentro de cada um. Assim como foi a transformação que Jesus realizou em Caná, quando a água dos jarros ganhou cor, sabor e essência de vinho.
Apressadamente, muitos médiuns estão servindo fel aos que comparecem às bodas que são realizadas cotidianamente nos Terreiros de Umbanda. Em nome da "vontade" de trabalhar ou "receber" Caboclo - como se isso fosse um verdadeiro milagre - estão sendo depositários de uma bebida amargosa, fétida e intragável, quando incorporam sem o devido preparo espiritual e logo realizam consultas e receitam banhos, garrafadas e obrigações sem fim aos convidados da festa chamada Gira. Não atinam para o fato de que eles próprios são os jarros que devem conter a verdadeira bebida espiritual que servirá para alegrar os corações necessitados que foram chamados a participar do evento. E, como se isso não bastasse, logo depois das primeiras incorporações, já tomam para si o título de "mestre divino".
Satisfeitos de sua capacidade mediúnica de incorporar e de falar em nome dos Pretos Velhos e dos Caboclos, logo sobem num pedestal ilusório e passam a encenar o quadro do Sermão da Montanha. Olham do alto para os irmãos, tal como o humilde Jesus, e orgulhosos iniciam uma pantomima que supostamente pretende ensinar aos fracos e oprimidos da última hora. Baseados em sua pouca experiência e sem a devida mudança de pensamentos, hábitos e desejos, levantam-se de peito inflado e voz autoritária sobre os menos favorecidos como verdadeiros "mestres da Galiléia".
Jesus, o exemplo apontado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, não foi um médium dessa estirpe. Ao contrário, desde moço, encheu-se de sabedoria, discernimento, autoridade e virtude para depois transmitir as novas da salvação aos homens de sua época e os dos dias atuais. Não teve como base seus pensamentos e suas experiências, mas sim as Palavras Sagradas dos Profetas.
Jesus não teve olhos para os reinos do mundo. Como médium poderia servir-se de sua condição para angariar respeito e poder diante dos magistrados, sacerdotes e senhores da Judéia, mas rejeitou os oferecimentos políticos, mundanos e passageiros, para continuar humildemente sua missão na Terra.
Jesus não se intitulou "mestre", mas Filho. Não se arvorou como "doutor", mas apresentou-se como Aprendiz diante do Templo. Não subiu num trono para ser rei, mas encurvou-se como "Servo" aos pés dos discípulos.
Assim deve ser a Umbanda praticada por aqueles que se acham estupendos por incorporarem uma Entidade de Luz. Esse deve ser o retrato daqueles que batem no peito e dizem que são "médiuns".
A Umbanda que Jesus praticou foi simples, sem estardalhaços, sem holofotes, sem soberba, mas cheia de doçura como o vinho e de palavras vivas, como as da Montanha.
Deus Salve a Umbanda!
Julio Cezar Gomes Pinto
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
O Umbandista e a Internet
A Internet, em pouquíssimo tempo, virou o maior meio de comunicação do mundo. Através das revistas eletrônicas encontramos tudo o que precisamos saber acerca dos mais variados assuntos. Desde a mais recente descoberta ao mais antigo registro da humanidade. Não há nada que fique escondido aos olhos e ouvidos humanos hoje em dia.
Os computadores se transformaram em vitrines, cinemas e bibliotecas. Nunca o homem teve tanta oportunidade de aprender mais. Desde a invenção da imprensa, na idade média, até a televisão, na contemporânea, jamais o homem conseguiu adquirir tanto conhecimento e de forma tão precisa. A Internet surgiu e revolucionou o conhecimento humano.
Os hábitos também sofreram mudanças. O teatro, as livrarias, o cinema e até mesmo a própria televisão tiiveram que se adaptar à nova realidade. A juventude que costumava ficar ligada na tv, agora fica no computador. As pesquisas escolares ganharam muito com a Internet, já as bibliotecas e livrarias, nem tanto.
E, em meio a tudo isto, aparecem as religiões. Cada qual com sua filosofia, ritual e maneira de professar a fé. Há de tudo na Internet: cristianismo, voodoo, bruxaria, protestantismo, islamismo, e é claro... umbandismo. A Umbanda é uma pequena Religião lutando por um lugar no grande panteão religioso que, em muitos casos, governa e massacra as gentes. A expansão da Umbanda faz-se necessário num mundo em que a minoria comanda e massacra a maioria, num mundo em que há tantos sofredores encarnados e desencarnados.
Sem desconsiderar a grande arma de divulgação da fé umbandista em que se tornou a Internet, é preciso porém analisar friamente o que está acontecendo com os filhos de santo ou, como queiram, filhos de Umbanda.
Disfarçados de divulgadores do nome da Umbanda surgem inúmeros filhos de fé que se transformaram em verdadeiros pop star's da Internet. É grande a quantidade de umbandistas que quer "mostrar a cara" a todo mundo, a qualquer custo e de qualquer forma. Sem levar em conta o senso e o respeito às coisas santas, vários médiuns estão colocando em cheque o próprio Terreiro que pisam. Utilizando-se de imagens extremamente pobres e de qualidade ruim, surgem os umbandistas dos dias atuais.
Estampando uma aparência de muita sabedoria e compenetração gritam alguns pretensos estudiosos das coisas ocultas toda uma verborragia sem fim com o propósito de incutir suas convicções infundadas aos menos esclarecidos. São os sábios dos dias atuais que ouviram tudo o que seus mestres encarnados lhes disseram, aceitaram de prontidão suas idéias, e passaram a divulgá-las como verdades absolutas. Ora, a venda de livros caiu vertiginosamente desde a era da televisão, então por que não usar a Internet?
Há também os neófitos que precisam extravasar toda a emoção que sentem por encontrarem o caminho que os tirou de um poço de dúvidas e questionamentos acerca do mundo espiritual. Tudo é novo! Tudo é bonito! Como é belo o mundo dos Espíritos! E lá vão eles para as páginas de relacionamentos mostrar sua conversão, seu batismo, sua primeira incorporação, seu Exu, sua Pomba Gira, seu Velho, seu Altar, sua Tronqueira, etc, etc, etc. E, logo ali, colada à foto do lugar mais sagrado do Terreiro - o Altar - uma foto do seu namorado peladão ou daquela atriz que saiu na revista masculina. Junto do médium que aparentemente está incorporado por um Caboclo, há também o vídeo da mocinha de olhar lânguido e voz sensual que, completamente nua, leva seu pretendente para a cama e mostra o coito cheio de gemidos e palavras obscenas.
Na Internet também não faltam os comerciantes da Umbanda, e de outros cultos, que não têm vergonha de se apresentarem "incorporados" pelo Pai Fulano, ou Cigana Beltrana, ou Mãe Sicrana, e apresentarem seu preço por uma "rodada" de baralho ou "lançada" de búzios. E, para confirmarem seu poder, exibem uma infinidade de penduricalhos no pescoço, rendas, lamês, turbantes, palhas e vários outros utensílios ritualísticos. É claro, não podia faltar a filmagem de uma roda de pólvora, de uma incorporação de Exu, do sacrifício de uma galinha. Tudo filmado em primeiro plano e com riqueza de detalhes em close.
Os oportunistas também não deixam de se exibir na Internet. Há hoje um grande número de candidatos a isso ou aquilo, desejosos de poder, já que o Terreiro se tornou pequeno para eles exercitarem seu poder de persuasão. Prometem ser os defensores da fé alheia, os candidatos dos humilhados e reprimidos, o salvador da religião! Consideram que a política, palco de escândalos interesseiros e mesquinhos, será a força que impulsionará a pobrezinha da religião que não consegue se unir nem dentro dos próprios centros.
Em profusão, proliferam os que necessitam de auto-afirmação. Aqueles médiuns frustrados por nao estarem à frente de um terreiro, chefiando e ditando normas que eles consideram as mais certas. Alguns babalaôs e babás que sentem uma grande inveja por não terem um belo templo. Alguns pais e mães que não conseguem chefiar nem mesmo os filhos de sangue. E também os filhos de Umbanda que ainda não aprenderam que mediunidade não é qualidade de um ser altamente iluminado ou de um "enviado" especial das Hostes Celestes. Mas, mesmo assim, querem se auto-promover e estabelecer sua condição de Mensageiros do Alto. E, baseados nessa premissa, expõem sem critério suas imagens de umbandistas ataviados de Zé Pelintra, Pomba-Gira, Exu, Marinheiro, Caboclo de pena e sem pena, desnudos, embriagados, maquiados, empunhando taças e garrafas; com capas, espadas e chapéus, lanças, bodoques, flechas; vestidos de baianas, damas da corte, marujos, índios e outros personagens saídos dos contos de terror e da Vó Benta - Não a Preta Velha - mas a do Sítio do Pica-pau.
Mesmo que a Espiritualidade não tenha aparelhos de computador em Aruanda, no Juremá ou no Humaitá, os Guias e Mentores da Religiao de Umbanda estão conectados com o que seus diletos aparelhos, cavalos e burros estão fazendo aqui embaixo, na Terra. Nada está passando desapercebido, pois não necessitam de uma tela ou da própria Internet para estarem a par do que andam fazendo em nome da Umbanda.
Como cantam os sábios Pretos Velhos, "a Umbanda é linda, pra quem sabe ler. Quem não conhece Umbanda, diz que Umbanda é cangerê!".
Deus Salve a Umbanda
Julio Cezar Gomes Pinto
Estudos Umbandistas
Por Quê Cobrar o Passe?
A Codificação da Umbanda
Não é necessário dizer que sempre vai haver correntes contrárias à Codificação. Sempre surgirão pessoas que irão levantar a sua opinião e dizer que são contra a tão falada e almejada Codificação da Religião de Umbanda.
É lógico que numa sociedade tão divergente quanto a brasileira, a diferença de pensamentos é notória. Há correntes de pensamentos diferentes até mesmo dentro das maiores religiões. Dentro do catolicismo, que segundo o Censo do IBGE continua sendo a maior religião do Brasil, há aqueles que adotam a linha carismática, outros seguem a linha (ou corrente, ou pensamento, que seja) franciscana, outros seguem os pensamentos tradicionais, etc. No protestantismo, analisamos os maiores segmentos e vemos que uns aceitam os dons espirituais, outros não. Há aqueles que optam por instituir usos e costumes, outros porém são mais liberais.
Entretanto, todos estes seguem um código institucional. Adotaram a Bíblia como bússola e livro de códigos válido para todos os seguidores. Mesmo que os fiéis leiam outros autores que discorrem sobre varios assuntos dentro da própria Bíblia, o Código dessas religiões continua prevalecendo. Permanece inalterado pois assim foi definido pelos dirigentes daquelas religiões. O Papa continua redigindo bulas e decretos, mas a sua base de pensamentos é a Bíblia. Os pastores e bispos evangélicos escrevem livros e definem a ordem nas suas igrejas e comunidades, mas a base de seus escritos é a Bíblia, o Código Cristão!Há inúmeros e maravilhosos escritores e oradores espíritas, tais como Chico Xavier e Léon Denis, e ambos usam o código instituído por Allan Kardec. Os que seguem os ensinamentos de Maomé, têm n'O Alcorão, o seu Código Islâmico.Mesmo pequenos, como somos de fato, há que se determinar também um Código Umbandista!
Uma grande religião segue uma direção só. E esta direção é definida pelo seu conjunto de ordens e determinações.
Uma religião que segue desordenada, sem uma base definida, sem um conjunto de preceitos e fundamentos determinados, tende a se perder ao longo dos tempos. Vai chegar num ponto em que a confusão estará tão disseminada que ninguém vai mais se entender. O adepto não saberá em qual tenda ou terreiro deve ficar porque, sob a mesma "bandeira", sob o mesmo nome, ele encontra coisas totalmente contrárias entre si. Nunca saberá quem está falando a "Verdade", pois é o que ele está procurando.
Ora, um rebanho necessita apenas de um pastor. Isto é científico e tradicional! Sem a figura protetora do pastor, as ovelhas se dispersam. Se houver mais de um pastor, o rebanho não saberá a quem seguir, pois ambos caminham em direções opostas. Se houver muitos pastores, então! As ovelhas não sairão do lugar!!!
Não é o que desejamos para a Umbanda!
Almejamos o reconhecimento e a união! Almejamos o respeito que merecemos e merecem mais ainda os queridos Pretos Velhos.
Um código, sem dúvida, vai definir O Caminho que a Umbanda deve seguir.
O Um Código Umbandista arrancará do seio da nossa religião os mistificadores e falsos umbandistas, pois só assim é que poderemos extirpá-los do nosso meio. Os mercadores da fé também ficarão na marginalidade, pois não poderão se intitular mais umbandistas. Vejam o exemplo do que acontece com os ditos "espíritas" que não seguem as determinações de Allan Kardec.
A Umbanda merece ter um Código que defina suas bases doutrinárias e delineie a conduta do umbandista que segue com integridade aquilo que os Guias determinam.
Julio Cezar Gomes Pinto